No coração de Luanda, o Cine São Paulo foi palco de uma oficina especial onde cerca de 30 crianças descobriram a arte do crochê como uma ferramenta educativa e divertida. A actividade, conduzida pela artista Cândida Tchililuca, integrou a programação infantil do Festival “O Futuro Já Era”, uma iniciativa do Goethe Institut Angola que decorre até domingo.

Durante a sessão, as crianças aprenderam os fundamentos do crochê, desde a identificação dos materiais até à execução do primeiro ponto, a corrente. Segundo Cândida, muitas crianças assimilaram rapidamente as técnicas básicas, chegando inclusive a colaborar entre si, o que destacou o carácter inclusivo e colaborativo da oficina.
A artista reforçou a importância de se incentivar a continuidade da prática em casa, salientando que o crochê não é apenas uma tradição das gerações mais velhas, mas uma arte que desenvolve a coordenação motora, a criatividade e o foco desde tenra idade. Mais do que entreter, o crochê revelou-se uma poderosa ferramenta pedagógica, com benefícios comprovados na alfabetização e no desenvolvimento cognitivo das crianças.
Cândida Tchililuca defende que é tempo de resgatar e valorizar as artes manuais, promovendo o crochê como uma prática cultural e educativa que une gerações e fortalece competências essenciais para o futuro.
Texto: Gracieth Issenguele