O Museu Nacional de História Natural, em Luanda, iniciou um processo de catalogação e digitalização do seu acervo artístico e científico, numa medida considerada fundamental para preservar a memória e a identidade da instituição. A confirmação foi feita pela diretora, Ana Soraya Marques, que destacou a importância desta iniciativa no contexto da inventariação e conservação do património.
Citada pelo Jornal de Angola, a responsável referiu que o museu, inaugurado em 1956, não possuía até então registos sistematizados das suas obras, muitas delas expostas desde a sua fundação. Entre os itens em destaque encontram-se peças que, apesar do desgaste natural do tempo, continuam a ser testemunhos valiosos da história e do legado cultural da instituição.

O processo, descrito pela diretora como “saturado”, conta com o empenho de 118 voluntários e com a colaboração da fotógrafa Paula Agostinho, que regista detalhadamente cada obra. Segundo Ana Soraya, este trabalho não só permitirá a conservação digital, como servirá de base para futuras intervenções de restauro e de preservação.
Paralelamente, decorre a obra de requalificação do Museu, anunciada pelo Ministério da Cultura em janeiro, que visa modernizar as infraestruturas, garantir melhores condições de preservação e tornar o espaço mais acolhedor ao público. Durante o período de encerramento temporário, a instituição assegura a continuidade da missão por meio de exposições educativas itinerantes e visitas virtuais, mantendo o contacto com os visitantes.
Com estas iniciativas, o Museu Nacional de História Natural reafirma o seu papel central na preservação da memória cultural e científica do país, ao mesmo tempo que se adapta aos novos desafios tecnológicos de conservação e divulgação do património.
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