O saxofonista angolano Nanutu celebrou a Independência Nacional e os seus quase 50 anos de carreira com um concerto inesquecível em Bruxelas na passada terça-feira, 12 de novembro. O espetáculo, segundo em comemoração ao Dia da Independência com a comunidade angolana no Reino da Bélgica, destacou temas emblemáticos como “Carapinha Dura”, “Mutudi ua Ufolo”, “Domingos Canhari”, “Pala Kuabessa Muxima” e “Luandei”, também conhecida como “Pato Fora”.
Em entrevista ao Jornal de Angola, Nanutu Fendes anunciou que a digressão culminará a 11 de novembro de 2025, marcando assim meio século de uma carreira que começou ainda antes da Independência de Angola.
No Dia da Independência, 11 de novembro, o saxofonista emocionou o público em Antuérpia com interpretações dos temas dos álbuns “Gato Vijú”, “Ximbika” e “Bisa”, além de outras produções, recriando músicas de grandes figuras da música angolana, como Teta Lando, David Zé, Filipe Zau, Carlos Lamartine e Os Merengues.
Integrado no projeto “Nanutu Sax From Angola”, o concerto de Bruxelas sucedeu aos espetáculos realizados em Paris e Londres, em outubro, e antecedeu apresentações marcadas para este mês nos Países Baixos, onde Nanutu passará por Amesterdão, Roterdão e Haia. Nos últimos meses, a digressão passou pelos Emirados Árabes Unidos, Singapura, Cambodja, Tailândia e Coreia do Sul, levando a música angolana aos quatro cantos do mundo.
Em Angola, os dois primeiros concertos estão programados para os dias 22 e 23 de novembro no CO. Nascimento Jazz, no Patriota, em Luanda. Nanutu contará com uma banda de excelência, incluindo Nino Jazz (direção artística e teclado), Mário Gomes (violão e guitarra), Luís LR (baixo) e Omar Gross (bateria e percussão).
Reconhecido como um dos mais proeminentes instrumentistas de Angola, Nanutu possui uma rica discografia, com álbuns como “Gato Vijú” (2021), “Ximbika” (2012), “Bisa” (2009), “Luandei” (2005), “Kizofado” (2000) e “Marés” (1996). Ao longo dos anos, colaborou com os principais nomes da música angolana e portuguesa, reforçando a sua posição como um ícone musical.
A digressão internacional de Nanutu representa uma homenagem à música angolana e à sua própria trajetória, num percurso que culminará com a celebração dos 50 anos de carreira, num dos maiores tributos ao saxofone e à cultura de Angola.
Por: Gracieth Issenguele