A força da poesia e da memória histórica marcou o espetáculo dramático “Discurso de Neto e a Libertação de Angola”, apresentado na semana passada, no palco do emblemático Teatro Elinga. A peça levou o público a uma profunda reflexão sobre os momentos decisivos da Luta de Libertação Nacional, resgatando a voz de Agostinho Neto, primeiro Presidente de Angola, como símbolo de resistência, unidade e soberania.

Encenada pelo grupo teatral Horizonte Ngola Kiluanje, sob direção artística de António Vindo, a obra integra a programação da 10.ª edição do Circuito Internacional de Teatro (CIT), iniciativa que celebra os 50 anos da Independência Nacional. Com diálogos de forte carga poética e uma narrativa que alterna passado e presente, o espetáculo transformou o palco num verdadeiro espaço de memória, arte e consciência política.
A apresentação reuniu uma plateia repleta de personalidades da vida cultural e política do país. Entre os presentes destacaram-se a secretária-geral da OMA, Joana Tomás, em representação da vice-presidente do MPLA, Mara Quiosa, o procurador-geral da República, Hélder Pitta Gróz, a diretora da Cultura, Tatiana Mbuta, em representação do governador da província de Luanda, Luís Nunes, e ainda o chefe da Direção de Educação Patriótica das FAA, António José Fernandes.
Com a sala lotada, o espetáculo reafirmou o papel do teatro como veículo de memória coletiva e inspiração cultural, num momento em que Angola celebra meio século de independência.





Texto: Gracieth Issenguele