A 22 de abril assinalou-se o Dia da Terra. Só que este ano as celebrações foram trocadas por vários alertas para o facto de o ser humano continuar a desperdiçar e a desrespeitar os recursos naturais planeta, como a água, o ar e o solo.
Segundo a associação portuguesa Zero, a Terra está a enfrentar a maior taxa de extinção desde que os dinossauros desapareceram há mais de 60 milhões de anos. A diminuição da biodiversidade está a crescer a um ritmo cada vez maior. As alterações climáticas, desmatamento, perda de habitat, tráfico e caça furtiva, agricultura insustentável, poluição e uso de pesticidas são alguns dos motivos que alimentam esta estatística assustadora.
Os números revelados pela Zero são realmente chocantes. Desde 1970 (o ano em que começou a ser celebrado o Dia da Terra), o nosso planeta já perdeu 40 por cento das espécies de animais que o povoavam. A população de insetos em alguns pontos do mundo, bem como de animais de água doce, foi reduzida em cerca de 75 por cento. Por este motivo, a associação apela para que este dia não seja necessariamente um motivo de festa, mas sim de incentivo à preservação de animais em risco.
O grupo ambientalista refere ainda no seu site que os portugueses têm um “conhecimento insuficiente dos seus valores naturais”, concluindo de que existe uma evidente falta de legislação para proteger as espécies em perigo.
A Zero refere também que a ação do Homem tem um imacto direto em cerca de 83 por cento da superfície terrestre, afetando a vida dos animais e dos ecossistemas. “Se não agirmos agora, a extinção pode ser o legado mais duradouro da humanidade.”
O Dia Internacional da Terra só foi aprovado pela ONU em 2009, mas já existe desde 1970 nos Estados Unidos.
Fonte: NiT
Texto: Andreia Moreira