A prática da alimentação consciente ou mindful eating convida-nos a estar totalmente presentes no momento de comer, e empenhados a sentir cada textura, sabor e sinal do corpo, seja ele de fome ou saciedade. Este método não é uma dieta, mas sim um caminho para restaurar uma relação equilibrada com a comida.
Em Angola, diferentes estudos destacam o potencial da alimentação bem orientada para prevenir doenças associadas à má nutrição e promover hábitos saudáveis. Uma investigação na Província da Huíla caracterizou os padrões alimentares de jovens estudantes, contribuindo para a criação de um guia alimentar culturalmente adaptado ao estilo de vida local.

A nível nacional, o estudo “NutriPALOP”, conduzido pela FUNIBER em parceria com a UNIC, analisa os hábitos alimentares dos angolanos e dos demais países lusófonos, oferecendo dados essenciais para a formação de futuros nutricionistas e para compreender as necessidades alimentares atuais.
Especialistas defendem que pequenas mudanças, como desligar o telemóvel durante a refeição, mastigar devagar e apreciar os sabores, podem trazer benefícios imediatos para a saúde física e mental.
Além disso, políticas públicas têm reforçado a importância da educação alimentar em Angola. A Estratégia Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional inclui ações focadas na sensibilização junto das comunidades, promoção de aulas em línguas locais e formação de professores, dando especial atenção às mulheres como agentes de mudança. Paralelamente, especialistas em saúde infantil, como Ana Isabel, sublinham a relevância de uma alimentação equilibrada, incluindo cereais, proteínas e legumes, para combater a desnutrição e a obesidade entre crianças e adolescentes.


Texto: Suzana André