Sabe aquele momento que finalmente arrumamos a cama, tudo fica impecável, os lençóis esticadinhos, as almofadas no lugar… e de repente bate uma vontade quase incontrolável de se jogar ali e tirar um cochilo? Pois é. Parece contraditório afinal, arrumar a cama deveria ser um sinal de produtividade, não um convite ao sono. Mas por que será que, justamente quando ela está mais arrumada, sentimos mais sono?

A explicação pode estar menos na preguiça e mais no nosso cérebro. Existe uma combinação de fatores psicológicos, neurológicos e até sensoriais que transforma uma cama bem feita num verdadeiro imã de sono.
- Ambiente visual e associação mental: uma cama bem arrumada ativa imagens mentais de conforto, ordem, acolhimento. Isso pode acionar a ideia de descanso no cérebro.
- Resposta condicionada: o cérebro associa a cama com relaxamento, então só de vê-la pronta, ele começa a entrar no “modo sono”.
- Contraste com a bagunça: uma cama desarrumada “quebra” o clima de conforto então não se sente tão tentado a deitar.
- Psicologia do hábito e conforto: se tem o hábito de dormir logo depois de arrumar ou ver a cama feita, isso pode criar um gatilho mental.
- Neurologia do descanso: até níveis de melatonina podem subir quando estamos num ambiente que remete ao descanso.
Texto: Michela Silva