Explicar o que é inflamação silenciosa, ou crônica, é uma tarefa muito difícil. No entanto, é de extrema importância que se tente entender um pouco sobre esse conceito, já que ele está envolvido na origem de doenças muito comuns e que causam grandes danos à saúde.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afeções e enfermidades”
Quando se fala em inflamação, a primeira idéia que nos vem à cabeça é aquilo que acontece em alguma parte do corpo (músculo ou articulação), após uma batida ou arranhão. Inchaço, dor, vermelhidão e calor são os sinais clássicos de um processo inflamatório agudo e localizado.
É tão comum sabermos disso que, para tratar uma batida dessas, usamos, geralmente por conta, medicações chamadas “anti-inflamatórios”. Essa resposta do corpo nada mais é do que uma reação das células de defesa para reparar os tecidos que se machucaram na batida, ou mesmo para combater uma infeção, eliminando as bactérias nocivas.
Mas o que quero alertar aqui, não é este tipo de inflamação, e sim aquela que acomete o nosso corpo, organismo e ate nosso cérebro.
Uma inflamação que não sentimos dor e a curto prazo não nos traz danos para podermos prevenir. Esse tipo de inflamação, uma série de substâncias nocivas circula pela corrente sanguínea, causando danos em diversos órgãos. Fazendo uma analogia, é como se o corpo todo estivese pegando fogo, porém numa temperatura mais baixa em relação àquela da inflamação aguda da batida do joelho. Na inflamação crônica, o nosso sistema imunológico é ativado, porém não há propriamente uma ameaça real para combater.
Hoje em dia, estamos expostos a uma imensidão de agentes que agridem o nosso organismo, os nossos tecidos e as nossas células. Estes agentes provêm do stress oxidativo ao nível das células, que não é compensado com os antioxidantes, naturalmente presentes no organismo ou da alimentação.
O que significa oxidação?
Oxidação é o que acontece quando cortamos uma maça e a deixamos exposta ao ar: a maça fica castanha, chamamos-lhe “oxidação”. Exatamente como um pedaço de metal que fica enferrujado quando exposto ao ar. E isto acontece em nosso organismo neste axato momento.
Esta inflamação é agravada pela alimentação rica em produtos processados (proteína de soja, trigo, caldo de galinha, shoyo), refinados (pães, massas, farinhas, açúcar, adoçantes artificias, batata frita, gorduras TRANS), carnes e lácteos, sedentarismo, falta de descanso (stresse) e ainda pela própria acumulação de gordura abdominal, que por si só produz uma série de fatores inflamatórios.
Imaginem o ALZHEIMER, como seu cérebro pegando fogo, a DIABETES como seu pâncreas pegando fogo, ASMA seu pulmão pegando fogo, doença CARDIOVASCULAR seu coração em chamas, mas pelo motivo errado, CANCER seu sistema imunológico , e por ai vai até esse fogo queimar quase tudo, sem deixar muito do que se possa aproveitar!! Mas se ela é silenciosa, como descobri-la??
Existem alguns exames específicos, porém uma maneira simples que qualquer um pode fazer agora, precisa apenas de uma fita métrica: se você mulher tem mais de 88 cm de circunferência abdominal, e você homem mais que 102 cm, parabéns, você está inflamado!
O lado positivo é que esse mal não se herda, é adquirido como consequência de maus hábitos, sobretudo na dieta, e através desta você pode apagar esse fogo!
O caminho é diminuir ou mesmo evitar os alimentos acima, e procurar consumir mais proteínas e gorduras de boa qualidade, ômega-3, a curcuma, o resveratrol e o chá verde, além das fibras como os polifenóis (que são micronutrientes abundantes em nossa dieta saudável, que atuam como antioxidantes e podem proteger contra algumas condições comuns de saúde, e possivelmente gerar alguns efeitos benéficos contra o envelhecimento).
Muitas pessoas têm a ideia de que uma boa alimentação custa mais caro que os alimentos não tão saudáveis assim. Porém um recente estudo feito na Inglaterra constatou que os custos de uma alimentação saudável são menores que os de fast foods, comida pronta e outros tipos de alimentos industrializados, mostrando que o que as pessoas procuram é sabor e praticidade.
Este estudo comparou os preços de 78 alimentos e bebidas comuns, e descobriu que as opções saudáveis são na maior parte mais baratas do que alternativas menos saudáveis.
O estudo concluiu que o preço não é o principal motivo do consumo de alimentos não saudáveis, sugerindo que os consumidores estão sempre dispostos a pagar mais pelo sabor e pela conveniência. Assim passamos a maltratar nosso corpo de dentro para fora, cada vez mais nos intoxicando.
Nosso organismo não mudou, o que mudou é esta “obscena” oferta de produtos alimentícios industrializados, os embutidos, as carnes cheias de hormônios de crescimento, corantes, anilantes, e outras substâncias nocivas a nossa saúde!
Quando comecei a trabalhar com reabilitação física (Fisioterapia), me vi diante de uma diversidade de aspectos importantes para uma boa condição orgânica, física e emocional dos meus pacientes. E o ponto que mais me questionavam e questionam e a parte estética (emagrecimento).
A afirmação mais frequente é:
Minha genética não ajuda!
Eu respondo que a genética com certeza é um fator que faz parte do jogo, mas eu afirmo que ninguém é refém da sua genética. Ninguém está aprisionado na sua genética, pois você pode modificar isso através de uma alimentação estratégica que é o fator mais importante.
TUDO SO DEPENDE DE VOCÊ!
Através disso mergulhei em pesquisas e adquiri uma paixão por reeducação alimentar e hoje me sinto capaz de compartilhar esse conhecimento, alem de agrega-lo na metodologia de trabalho que aplico junto aos meus clientes/pacientes. Sabemos que uma má alimentação e sedentarismo afetam não só o corpo como a mente.
Vou repetir o que sempre digo: “Que seu remédio seja seu alimento, e que seu alimento seja seu remédio” Hipócrates.
Para mais informações ou dúvidas pode contactar: carinaceledonio@gmail.com