O dia 25 de março representa uma data de grande significado histórico e humanitário: o Dia Internacional em Memória das Vítimas da Escravatura e do Comércio Transatlântico de Escravos. Estabelecida pela ONU em 2007, esta efeméride visa homenagear os milhões de pessoas africanas, que foram forçadas a deixar as suas terras e submetidas a um dos capítulos mais sombrios da história da humanidade.
Durante mais de quatro séculos, o comércio transatlântico de escravos transportou cerca de 15 milhões de homens, mulheres e crianças da África para as Américas e Europa, em condições desumanas e submetidos a trabalhos forçados. Esta data busca não somente relembrar esse passado cruel, mas também refletir sobre as consequências duradouras da escravatura, como o racismo sistémico e a desigualdade social, que ainda persistem em várias regiões do mundo.

A ONU promove anualmente eventos e iniciativas educativas para sensibilizar a sociedade sobre essa história e incentivar a luta contra todas as formas contemporâneas de escravidão e discriminação racial. Além disso, o “Memorial Permanente em Homenagem às Vítimas da Escravidão e do Comércio Transatlântico de Escravos” foi inaugurado na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, como um lembrete do sofrimento dessas vítimas e da importância da justiça histórica.
Relembrar esse período da história é essencial para garantir que tais injustiças não se repitam e para fortalecer a construção de um mundo.
Por: Suzana André