Num mundo acelerado, onde as redes sociais inundam o quotidiano com imagens de sucesso e felicidade instantânea, há vozes erguidas para nos lembrar da profundidade da vida e da importância de olhar para dentro. Uma dessas vozes é a de Lídio Cândido, também conhecido como Valdy, Life Coach, Consultor, Palestrante, Escritor e Docente Universitário, que, com as suas Partilhas Matinais, inspira milhares de pessoas há já cinco anos.

Nesta entrevista exclusiva à Revista Chocolate Lifestyle, o autor revela o que o move, como começou este compromisso diário e o impacto que tem gerado — dentro e fora das redes.
“As Partilhas Matinais nasceram de um compromisso comigo e transformaram-se numa ponte com milhares de pessoas.”
Foi durante a pandemia que Lídio, inspirado pelo livro O Milagre da Manhã e pelo curso CIS da Febracis, encontrou a força para começar algo que mudaria a sua vida e a de muitos outros:
“Criei o meu próprio milagre da manhã: ler, escrever, agradecer e conectar-me com Deus. No início, partilhava apenas com a minha esposa e mãe. Mas, quando uma amiga leu e se emocionou ao ponto de gravar áudios dos textos, percebi precisar partilhar com o mundo.”
Ao falar sobre as temáticas que aborda nas suas partilhas, Lídio é claro:
“Escrevo sobre nós, sobre as dores e os desafios de ser humano. Às vezes, são temas sugeridos por leitores; outras, surgem de um simples gesto ou silêncio. Gosto de dizer que escrevo, muitas vezes, inspirado pelas lágrimas do meu povo, como canta Paulo Flores.”

O poder da escrita diária: um caminho de autoconhecimento
Lídio reconhece que esta jornada diária o moldou profundamente:
“Aprendi a ter paciência, a aceitar-me, a ver a vida com outros olhos. Antes, o que me tirava a paz, agora convida-me à reflexão. A escrita levou-me a um autoconhecimento que mudou a minha forma de estar na vida.”
Questionado sobre os obstáculos que encontra enquanto coach, é perentório:
“O maior desafio é a resistência ao autoconhecimento. Crescemos a acreditar que não devemos mexer no que dói. Mas, sem enfrentar as nossas feridas, ficamos prisioneiros de nós próprios. Só encarando o processo com coragem podemos crescer de verdade.”
Apesar de ainda não publicado, o projeto de transformar as suas partilhas num livro já está muito avançado:
“Já reuni os textos que mais marcaram estes anos. Falta apenas a oportunidade certa para publicar. Além deste, um segundo livro já está a ser escrito.”
Por: Gracieth Issenguele