A quarta edição do Festival Internacional de Cinema Documental – DocLuanda consagrou-se como um verdadeiro palco de celebração da arte documental, premiando talentos emergentes e veteranos da lusofonia e do mundo. O grande destaque nacional foi “Fuckin Globo”, de Kamy Lara, que não só venceu a categoria nacional como também arrecadou o prémio de Melhor Edição, atribuído à montadora Gretel Marin. Já “Linha de Água”, do realizador português Rui Simões, conquistou o júri internacional, consolidando a presença lusa no evento.

O festival homenageou ainda o veterano Nguxi dos Santos, que emocionou o público com a estreia do seu documentário “Contributo dos Angolanos para a Rumba Congolesa”, considerado pelo director do festival, Jorge António, como a sua obra-prima. O próprio realizador destacou os desafios de filmar na República Democrática do Congo e a emoção de revelar as raízes angolanas de ícones musicais da região.
Além dos filmes consagrados, o DocLuanda revelou novas vozes com propostas experimentais e promoveu um ambiente fértil de debate e formação, com sessões paralelas, seminários e exposições artísticas. Mais do que uma mostra cinematográfica, o festival afirmou-se como uma plataforma essencial para a criação, partilha e afirmação do documentário enquanto forma de expressão crítica, cultural e social.
Texto: Gracieth Issenguele