O rapper luso-moçambicano Plutónio, nome artístico de João Colaço, foi detido na madrugada de sábado, 5 de julho, pela Polícia de Segurança Pública (PSP) em Torres Vedras, logo após actuar nas festas de São Pedro. A detenção aconteceu por volta da 01h05 e deu cumprimento a um mandado emitido pelo Juízo Criminal de Cascais, no âmbito de um processo em que o músico é acusado de agredir um militar da GNR de Alcabideche com uma barra de ferro.

Plutónio, de 40 anos, foi conduzido à esquadra e posteriormente libertado, ficando sujeito à medida de coação de Termo de Identidade e Residência (TIR), a mais leve prevista na legislação portuguesa. Esta impõe a obrigação de manter os dados de identificação atualizados e limitações à liberdade de circulação, sendo aplicada geralmente a arguidos em fase inicial de investigação.
Este não é o primeiro episódio judicial envolvendo o rapper. Em outubro de 2021, Plutónio foi alvo de uma busca domiciliária da Polícia Judiciária, que resultou na apreensão de uma arma ilegal calibre .32, tendo então também sido detido.
Apesar da gravidade das acusações actuais, a detenção ocorreu sem resistência. Nem o artista nem o seu agente prestaram declarações sobre o caso até ao momento. Plutónio, natural da Linha de Cascais e residente no bairro da Cruz Vermelha, é uma das figuras mais proeminentes do rap em língua portuguesa, somando milhões de ouvintes e seguidores. A nova controvérsia acrescenta mais um capítulo turbulento à sua trajetória artística.
Texto: Michela Silva
