A morte do Papa Francisco, ocorrida nesta segunda-feira, 21 de abril, marca o início de um novo capítulo na história do Vaticano e tudo indica que poderá ser profundamente simbólico. Pela primeira vez na era moderna, dois cardeais africanos destacam-se como possíveis sucessores de São Pedro: Fridolin Ambongo, da República Democrática do Congo, e Robert Sarah, da Guiné.

Ambongo é reconhecido por sua postura progressista e defesa da justiça social, enquanto Sarah representa a ala mais tradicional e conservadora da Igreja Católica, com foco na liturgia clássica.
Num contexto em que o catolicismo cresce exponencialmente no continente africano, a eleição de um papa africano poderia simbolizar uma mudança de paradigma não somente na geopolítica da Igreja, mas também na sua identidade espiritual global, historicamente centrada na Europa branca.



Texto: Suzana André