Na inaugural Bienal de Arte e Cultura MoAC Biss, que decorre até 31 de maio em Bissau, o artista angolano Evan Claver destacou-se entre nomes como Mónica de Miranda, Vhils e Sónia Gomes.
Sob o lema “Mandjuandadi: Identidades Culturais”, a organização propõe um diálogo entre tradições guineenses e expressões contemporâneas, reunindo mais de 50 iniciativas que vão da música ao cinema.

Curada por Nú Barreto, a mostra apresenta a instalação de Claver, “Big Kaombo”: 24 bidões amarelos, comuns no quotidiano angolano, pintados a óleo, que convidam o público a circular e interagir, evocando sátira social e política.
Autodidacta, nascido em Luanda em 1987, Evan Claver combina “doodles” urbanos e crítica mordaz aos médias para revelar o ritmo frenético das cidades.

A sua obra integra colecções nacionais e internacionais e reflete o compromisso de democratizar a cultura na CPLP.
Gratuita e aberta a todos, a Bienal MoAC Biss consolida-se como uma plataforma de afirmação das identidades africanas e de partilha entre artistas de diferentes gerações.
Texto: Suzana André