A exposição “Jardel Salele — 10 anos de carreira”, patente na Galeria Tamar Golan, em Luanda, até 11 de março, é uma verdadeira imersão artística na fusão entre a natureza e os avanços tecnológicos. Com 38 obras, o artista plástico propõe um diálogo entre o orgânico e o artificial, onde a madeira, elemento central das suas criações, resgata as raízes angolanas e desafia o público a refletir sobre a relação entre o homem e o meio ambiente.

A mostra apresenta 20 pinturas —algumas em veludo, madeira e tela —, além de 18 desenhos em papel, executados com lápis de carvão e esferográfica. Entre eles, três obras datadas de 2015 marcam o momento em que Jardel Salele começou a integrar a madeira nas suas composições, criando uma linguagem visual única.
O artista destacou que as suas peças capturam experiências pessoais e convidam os visitantes a valorizarem o tradicional sem desconsiderar o progresso tecnológico. Durante a inauguração, a artista Layssa, sua ex-aluna, emocionou-se ao falar sobre a importância de Salele na sua formação: “O mestre confiou no meu talento e fez-me acreditar que tudo é possível com dedicação e foco”.
A exposição não é somente uma celebração da carreira do artista, mas uma provocação artística que nos leva a repensar o equilíbrio entre tradição e inovação.



Por: Gracieth Issenguele