Provavelmente já conhece o rosto desta influencer, através das redes sociais, principalmente pelo seu estilo muito próprio, que a mesma define como sendo “eclético”, pois ‘’giro o meu estilo de acordo com o meu corpo. Não sigo modas, se não me ficar bem não insisto. Tento fugir do óbvio, detesto estar igual aos outros.”
Mas o que talvez não saiba é que Vanusa Carmo, além de communication account (o seu emprego full-time), é também DJ, ou melhor, selecter! Não sabe a diferença? Ela explica: “é importante separar as águas, eu sou selecter, não sou DJ, eu não faço misturas, não toco em noites, tipo discotecas (…) as pessoas pedem-me para preparar uma playlist para um certo evento ou local e eu levo a minha pendrive e passo essas músicas(…)”. Porém, independentemente de onde e do que toque, Vanusa deixa claro que só o faz em lugares que tenham a ver consigo, como “sítios mais arrojados, mercados, pubs, coisas que sejam mais a minha vibe, ambientes mais alternativos” e as suas playlists só contém estilos com os quais ela se identifique e dos quais goste, nomeadamente “funky Jazz; Jazz; Hip Hop e R&B”
‘’DJ MIGA SUA LOUCA’’ poderá ser o seu nome artístico, escolhido pela sua (auto intitulada) manager (conta entre risos) e amiga, Bruna Sousa. A selecter partilha que surgiu de uma brincadeira mas que de algum modo pegou chegando mesmo a receber ‘’chamadas perguntar é a DJ Miga Sua Louca?’’, o que faz com que ela considere não alterar o nome no futuro.
Se está a pensar ‘’mas não foi casada com um DJ?’’ e se está a tentar estabelecer uma ligação entre esse matrimónio e a sua profissão, garantimos-lhe que não é por aí. “Quando comecei a tocar muita gente dizia (e diz) que só toco e sei o que sei por causa dele mas, [o que não sabem é que] muitas vezes eu é que lhe mostrava músicas que ele não conhecia (…) tenho uma alma velha e adoro música desde sempre”.
“Super subestimadas”. Assim vê as mulheres neste meio, tendo mesmo já passado por situações em que, por ser mulher, quiseram pagar-lhe menos do que aos seus colegas do sexo masculino. Mais ou menos directo, o sexismo acontece com frequência.
Porém “hoje em dia já não deixo passar isso”. “Eu sei o que eu sou e se eles forem ver-me tocar vão saber o que sou, então não tenho de me preocupar”. Essa atitude em relação ao sexismo corresponde ao seu modo de estar na vida perante tudo, simplesmente “não quero quero saber, não ligo a essas coisas, nem ao que dizem nem ao que pensam de mim”, até porque como diz, ‘’não tenho tempo para isso’’.
E há uma razão para não ter tempo, Vanusa é profissional e mãe (de uma menina lindíssima, diga-se), dedicando e gerindo seu tempo em função disso e faz questão de estar com os amigos porque ‘’tenho de ter vida social e de ter tempo para tudo’’, por isso desabafa que ‘’ando constantemente cansada. Cansada mas feliz, porque quem corre por gosto não se cansa’’
Como foi dito anteriormente, Vanusa Carmo ainda não o é, mas tem a intenção ser DJ profissional.
Enquanto isso não acontece, não deixa de estar ‘’muito feliz e realizada’’, pois não estava à espera da repercussão que teve e tem tido, sendo o seu melhor público os seus amigos, que a acompanham sempre e são os seus mais dedicados fãs, fazendo-a sentir que “mesmo que não vá ninguém onde estou a tocar, se estiverem lá os meus amigos, vão encher e gritar como se fossem imensos, são o meu maior e melhor público”.
E se também você quiser fazer parte desse público, pode ouvir Vanusa Carmo pelo menos uma quartas-feira por mês no Colleur Caffe (Coqueiros) e fique atento aos tais locais e eventos alternativos, onde provavelmente também estará a tocar!