A dança é muito mais do que uma arte ou forma de entretenimento. Em Angola e no mundo, cada vez mais pessoas descobrem na dança uma poderosa aliada do bem-estar físico e emocional. Da kizomba ao afro-house, passando pelo ballet, contemporâneo, dança urbana, ou até dança terapia, os movimentos corporais tornam-se uma ferramenta de libertação, autocuidado e saúde.

Ao dançarmos, libertamos endorfinas hormonas associadas ao prazer e à redução do stress. Estilos mais enérgicos, como o afrobeat ou o kuduro, funcionam como treino cardiovascular, enquanto danças mais suaves, como a kizomba ou a dança contemporânea, ajudam na conexão emocional e no controlo corporal.
Além disso, a dança melhora a postura, a coordenação, a flexibilidade e até a memória. É, por isso, uma actividade completa, acessível a todas as idades.
Em contexto terapêutico, a dança também é usada para trabalhar traumas, ansiedade, depressão ou bloqueios emocionais. Nas aulas de dança consciente, por exemplo, cada passo é uma forma de expressão e libertação.

Para muitas mulheres, sobretudo em Angola, dançar é também uma forma de afirmação identitária, expressão cultural e empoderamento.
Grupos femininos, escolas de dança e plataformas digitais têm dado visibilidade ao valor transformador do corpo em movimento.




Texto: Suzana André